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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Muro


I



Pasmem-se!
As virtudes foram roubadas
E levadas nas asas de palha dum
Porta-retratos
Fecha-portas
Repórter-chato
Porta-chaves.

Agora os
Descontos vêm em fila.
Comprem a últimas braceletes
Luminosas vendidas nos corações
(antigamente eram os outros
que rebolavam alarmando o mar
de que vinha aí o Verão
com os seus caprichos)

Pois fiquem sabendo
Que nunca mais!

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Definição de pulga:
Um cisco que nos
penetra a vida em
forma de bola de neve
tilintando como um sino


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Procurem outras razões
para esta loucura.
É impossível continuar
o movimento.
Comam os joelhos
das joaninhas virgens
 e oiçam o ruído
do telhado quando a chuva
 se mantém suspensa!

(podemos encontrar outros caminhos
em pacotes de açafrão,
 no entanto seria incómodo
e anti-ético
não entregarmos
as nossas filhas)

II


Admirem-se!!
Ninguém sabe o caminho
Até ao fim da estrada.
(ontem chovia, anteontem estava
nevoeiro, hoje não está,
 amanhã está longe)
Por isso
o melhor é perdermo-nos
o mais possível.


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Definição de indefinição:
Ver antes. Algarve.
Guadalquivir.

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Entreguem os cestos
aos cobradores
de IRS cobertos
de doce de melão
com capas negras
e bolinhas de cerveja.
(vistam os casacos,
encarnem cossacos,
cortem as unhas,
e peçam a última peça).

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Atchim – Santoinho
Carnaval
Ponto

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Assim terminamos
E comuniquem uns aos outros
 o sol e a Somália
 em cima da peúga careca.
(Sim, outra vez seria um pouco diferente)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

alínea b)

Eu tenho medo
Tu tens menos
Eu tenho pé
Tu tens fé
Eu revolto
Tu regressas
Nós explodimos
Eles excluem
Eu tenho chão
Tu não
Eu excedo
Tu recuas
Nós doemos
Eles lambem-nos
inferiores
doces
cadentes
como saltos de pulgas
Vocês não conseguem

quarta-feira, 2 de março de 2011

alínea a)

Ouvi uma música de metralhadora.
O som era repetente
enfim!
Tirei restos mortais
dos ouvidos
e senti a liberdade
de estar desamparado
(como se voasse).
Caí ao
som da cascata!