O homem ia a caminhar rapidamente pela rua acima e levou com um raio na
cabeça. Caiu como um peso morto no chão. Levantou-se cheio de si, profundamente
iluminado acerca de todas as ideias. Sorriu com soberba perante os transeuntes.
No fundo sentia-se o maior. Partilhava as suas ideias e lançava as suas farpas
pelos meios que possuía. Havia sempre alguma reposta que lhe reforçava o
comportamento, no entanto a proporção do reforço era desproporcionada à reposta
que dava. Coisas do umbigo. No final não havia ninguém que o seguisse. Ecoava
no vazio. Mas nunca deixou de se sentir como o homem que levou com um raio na
cabeça, continuando a bradar.
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