O homem ia a caminhar calmamente na rua e levou com um raio na cabeça.
Caiu como um peso morto no chão. Perdeu totalmente a vergonha. Despiu-se por
completo e começou a passear nu pela cidade, a rebolar pela relva e a
refrescar-se nas fontes. Deixou de querer controlar o que dizia, como se de uma
criança se tratasse: “Ahah! Aquela senhora tem bigode!!”. “Aquele senhor coxo
anda esquisito”. “Olá, estou profundamente apaixonado por ti, desde que te vi a
primeira vez” – disse ele para a menina da caixa registadora enquanto coçava o
escroto e sorria sinceramente. Vieram pouco depois apanhá-lo e levaram-no para
uma instituição. Dizia sempre “Não sou eu que sou louco”.
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