O homem ia a caminhar rapidamente na rua e levou com um raio na cabeça.
Caiu como um peso morto no chão. Ficou cheio de vergonha e nunca mais saiu do
buraco que se formou no chão. Passou a beber água que escorria pelas paredes e
a comer uma dieta de insectos e ocasionais raízes atrevidas. Fez uma espécie de
tampa para o buraco com a roupa para ninguém espreitar. A sua actividade mais
comum era contar as gotas de suor que lhe caiam da testa devido à ansiedade.
Entretanto a câmara mandou alcatroar o buraco e o homem que levou com um
raio na cabeça por lá ficou a comer bicharada e a beber água lamacenta.
Passados mil anos, arqueólogos do futuro escavaram o buraco e foram lá
encontrá-lo. Foi nesse momento que o homem colapsou de vergonha por estar
exposto à humanidade de novo.
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