Braga branca dos senhores, dos clérigos, da corrupção, das ciclovias, dos maiores espaços pedonais da Europa, dos jardins do Bom Jesus, dos Theatros Circos, dos estádios (culturais e de futebol), da história (com o seu peso bi-milenar), dos prédios enormes e feios e cheios de vazios, dos bairros sociais, das igrejas, do maravilhoso e não poluído rio Este, das praias fluviais no rio Cávado, dos trilhos na Geira, da devoção, das procissões, da Páscoa roxa, púrpura e violeta, das ruínas romanas, das bem escondidas ruínas humanas (parece sempre tão bem), dos túneis, dos viadutos, dos acessos, das rotundas, dos ecopontos, do Braga Cultural, dos shoppings e dos super, hiper, mini, mercados, stores, retails e afins. Braga como é. Braga para inglêsver. Braga para parecer Braga.
Braga negra das pessoas que vêm e que escolhem ver e que se deparam com pessoas que preferem não ver, outras que fazem por não ver, outras que fazem para ninguém ver e nenhuma que não veja realmente. E há as que dizem que ninguém faz nada e se refugiam na sua visão intelectual e pseudo-preocupada. E há as que fazem alguma coisa. E há as que querem esconder quem faça alguma coisa.
No fundo toda a gente gosta de Guimarães mas ninguém admite. Viva Braga.