quarta-feira, 23 de julho de 2008

menos sete

Andar a pé faz bem e para quem bebe melhor (apanhar ar puro na cara, evitar acidentes e multas de carro, e mais uma quantidade de coisas que pelos vistos nem sempre compensam). O jardim da Senhora a Branca e as laranjeiras cheias de melões, daqueles pequenos e cor-de-laranja da família dos citrinos. A estátua de um senhor de nome Pio que deve ter feito alguma coisa, porque senão não tinha uma estátua com polegares nos quais de vez em quando espetam o dito fruto. Eu e ela relativamente ébrios pelos vodkas com sumos de todas as nações aos saltos e pinotes. Eu falo em francês quando atinjo determinado estado, ela fala em inglês com uma voz fininha e esganiçada. Há nuvens no céu, mas não chove. Saltamos arbustos e fazemos figuras que esquecemos com o tempo e que alguns fazem por esquecer pois passam a ser senhores e doutores e pessoas inseridas na bonita sociedade. E é uma alegria pertencer para alguns e os que eu conheço preferem sempre não pertencer, e eu prefiro sempre não pertencer e o futuro, a verdade, a chuva, as pessoas de Braga, Braga em si somos nós, estes que não lhe queremos pertencer. Os outros pertencem ao cinzento das paredes e ao imobilizado das estátuas. O paradoxo é inevitável, sofrido e doloroso. Quem disse que era fácil?

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