O homem ia a caminhar calmamente na rua e levou com um raio na cabeça.
Caiu como um peso morto no chão. Não se levantou imediatamente até porque levou
com outro. E em seguida com outro. Quando a chuva de raios parou conseguiram
levá-lo para o hospital. Apesar de tudo estava incólume. Depois deste episódio
e alguma atenção mediática, o homem que levou com vários raios na cabeça
continuou com a sua vida normal… até à próxima tempestade: levou com mais cinco
raios na cabeça. Não sofreu nada. Passaram a chamar-lhe Pára-raios. Não gostava
da alcunha e continuava a acreditar que era apenas um infeliz acaso. Nunca se
tinha passado nada de anormal antes do primeiro raio. Na terceira tempestade
nem quis sair de casa, mas ao espreitar na janela… outro raio! Efectivamente o
homem que levou com um raio na cabeça passou a ter a capacidade para atrair
todos os raios. Ficou a ser domínio público e embora pudesse ser utilizado como
pára-raios, a tecnologia existente permitiu-lhe não ser necessário e
esconder-se sempre que os trovões andassem no ar. Alguns chamavam-lhe Zeus, ele
gostava mais do que Pára-raios, no entanto entristecia-se na mesma por não
poder controlar nada. De resto tinha uma vida banal.
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