Acordou com o despertador às sete e trinta. Ouviu a chuva lá fora
enquanto reparava que tinha a boca seca. Levantou-se calçou umas meias, vestiu
a camisa e as calças e colocou os suspensórios. Abriu a janela e entrou o
escuro da ainda noite. Foi à casa de banho urinar e lavar os dentes – a pasta
tinha acabado. Ao passar pela cozinha pequena e amarelada bebeu um resto de
café frio da cafeteira. Vestiu o casaco, pegou num guarda-chuva velho, nas
chaves e saiu. Desceu as escadas estreitas e desembocando na rua dirigiu-se ao
quiosque para comprar tabaco. Começou a subir a rua no meio de uma tempestade,
enquanto fumava o primeiro cigarro do dia. Mal disposto porque o cigarro estava
molhado distraiu-se e com um sopro do vento mais forte o guarda-chuva dobrou-se
ao contrário e voou-lhe das mãos. Continuou a subir a rua apressado para não se
molhar. E de repente levou com um raio na cabeça…
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