segunda-feira, 12 de agosto de 2013

OHQLCURNC 32.

O homem ia a caminhar afincadamente na rua e levou com um raio na cabeça. Caiu como um peso morto no chão. Ficou lá um buraco. Pelos vistos alguém não gostava das ideias dele e esse alguém, como não gostava de sujar as mãos, mandou outro alguém acertar-lhe com um raio fulminante. Com o tempo parece que as pessoas, algumas muitas pessoas apenas, se esqueceram desse atentado e do quão pouco respeito pelas ideias diferentes da sua tinha esse mandatário, e assim ergueram-lhe uma estátua. Se calhar ninguém se esqueceu mesmo, mas fecharam os olhos às malandrices dos atentados para o elogiar por outras coisas várias. Desviaram o olhar como se de negligentes profissionais se tratassem. Na verdade o homem lá se levantou a custo do buraco de onde levou com o raio e continuou a caminhar. Se fosse do mesmo tipo de pessoa ainda encomendava um raio para cair em cima da estátua do outro. 

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