O homem ia a caminhar rapidamente na rua e levou com um raio na cabeça.
Caiu como um peso morto no chão. Levantou-se revoltado com a vida. Mas que
raio, cair-lhe logo a ele um raio na cabeça. Ainda por cima quando tinha coisas
a fazer e não ao fim do dia quando se diz que já está tudo feito. (Como se
ficasse tudo feito alguma vez). Desceu a rua a resmungar e foi a casa trocar a
roupa chamuscada. Ao todo “perdeu” meia hora do seu tempo com o acontecimento e
com isso ficou revoltadíssimo em vez de aproveitar a singularidade que lhe
tinha sido propiciada experienciar. Voltou à rotina e no dia seguinte já tinha
tudo dentro da sua ordem. Não levou com mais nenhum raio. Revoltou-se com
outras banalidades apenas.
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